quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Medo



Medos, eles estão por toda a parte. Seja medo de algo, alguém ou qualquer coisa, o medo pode não ser uma coisa ruim como muitas pessoas o julgam, pode ser algo que nos alerte sobre qualquer perigo que esteja próximo. Seja ele real ou fictício.

O medo é um dos sentimentos mais difíceis dos seres vivos, onde raramente conseguimos ter algum controle sobre ele quando nos deparamos com o “inimigo”. É um sentimento onde coração e razão estão envolvidos, e para o ser humano, não há barreiras maiores que essas.

Passam os anos e o medo ainda persiste em toda a sociedade, mas do que temos medo vem mudando a cada dia. Antigamente tínhamos medo de animais, filmes, etc. Hoje temos medo de nós mesmo, medo da atitude que iremos tomar ou deixar de tomar, medo da reação da outra pessoa envolvida em qualquer tipo de assunto, e medo até de um “estranho” que passe por nós pelas ruas. As coisas estão pelo avesso, andando pela cidade conseguimos encontrar animais com medo de nós, será a violência aumentando mais ainda o medo?

Com tantas mudanças, já começo a ter medo do futuro sem mesmo o conhecer, medo do que vamos nos tornar nos deixando ser consumidos cada vez mais por esse sentimento que nos alerta mas também nos causa o pânico. Não temos total controle sobre o medo, mas não quer dizer devemos ser totalmente controlados por ele.

Afinal, se nos entregarmos ao medo, quantas coisas deixaremos de ganhar por ter medo de perder? Quantas vezes caminharemos com medo de voarmos alto? Quantos amores perderemos por medo de escondê-lo ou quantos amores esconderemos por medo de perde-los? E que a nossa insegurança, o nosso medo do amor, seja apenas um detalhe diante de tantos motivos para temer hoje em dia.



Não existe medo sem causa, assim, a causa do medo já é o próprio medo.


"O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não."
Mahatma Gandhi

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Até o fim da minha vida



O preto e branco, cores que artisticamente falando podem ser classificadas como cores sem vidas, mas são elas que fazem parte da minha vida, do maior dos meus amores.

Ainda pequeno sofremos influências de diversas partes para escolhermos nosso clube de futebol, mas diante de tudo o que já vivi com o time que escolhi, acho que não precisava de influências, um dia ou outro eu iria perceber o quanto é gratificante torcer para o Clube Atlético Mineiro.

Porém já com a escolha feita, não me considero um torcedor, aliás, ninguém que escolheu o Atlético é torcedor, não se trata o Galo como um time, se trata como alguém da família, se trata como algo indispensável no seu dia e não apenas um hobby de uma ou duas vezes por semana. Poderia ser como no casamento, na saúde e na doença ou na alegria e na tristeza, mas não, é algo que eu só largo quando morrer e até lá, passarei certamente por tristezas, decepções, mas também alcançarei diversas glórias e conquistas.

É diferente de qualquer sentimento já denominado; ao ver uma camisa alvinegra pelas ruas, o coração muda o ritmo, você esboça um sorriso e se pergunta: “Como ter dúvidas de que é isso que quero pro resto da vida?”. Presenciei o fatídico 25 de novembro de 2005 onde o Galo foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, e não tenho vergonha de dizer isso, pelo contrário, tenho orgulho de ter cantado o hino mais sincero da minha vida, foi um hino misturado com choro, mas foi a prova de que amores não têm divisões, não têm barreiras, mas tem a intensidade.

Essa loucura pelo Galo é cega, é surda, só não digo que é muda pois já foi cantada em verso e prosa, em poesias eternizadas pelo grade Roberto Drummond, nosso hino já foi eternizado no Mineirão. Aliás, se o Mineirão produzisse eco, poderíamos ouvir em uma terça-feira monótona o coro de “Vencer,Vencer,Vencer, este é o nosso ideal”

Visto a camisa alvinegra, e a beijo como se estivesse dando o ultimo beijo no amor em que a vida tinha me separado, como tivesse medo de perde-lo no dia seguinte. E por isso vivo a temer o dia em que eu morrer, pois nunca mais poderei te ver, Oh meu Galo!

“A vida me fez um atleticano, e eu fiz do Atlético a minha vida”

Por: Lucas Andrade